Os mamíferos produzem leite para as suas crias e, efetivamente, este é o alimento mais adequado ao seu crescimento e desenvolvimento durante um determinado período de tempo. Com os bebés humanos não é diferente e o leite materno é considerado o “golden standard” da alimentação do bebé nos primeiros meses de vida!
Porém, o que nos diz a ciência além disto? 🤔
Já se terá cruzado com informação sobre o impacto da amamentação na saúde do bebé… e na mãe? Estudos apontam para redução do risco de mulheres que amamentaram terem determinadas doenças… E hoje trago evidência científica “fresquinha” acerca disto!
Uma revisão sistemática da literatura publicada em 2022 incluiu na sua análise 8 estudos com mais de 1 milhão de mulheres que pariram e comparou mulheres que nunca amamentaram versus mulheres que amamentaram durante um qualquer período de tempo. Observou-se uma associação positiva entre as mulheres que amamentaram e um menor risco de doença cardiovascular (fatal ou não), doença coronária e enfarte:
1️⃣ Mulheres que amamentaram tiveram um risco relativo de menos 11% para eventos relacionados a doença cardiovascular, 14% para doença coronária, 12% de enfarte e 17% de eventos cardiovasculares fatais
2️⃣ O risco destes eventos é ainda menor naquelas que amamentaram mais de 12 meses (no somatório das histórias de amamentação).
Parece-me claro que tem todo o sentido que a rede de apoio, os profissionais de saúde, as empresas e as políticas de saúde sejam de incentivo à amamentação (sempre respeitando e aceitando as opções informadas das famílias).
No entanto há um aspeto que tenho de sublinhar: todas as histórias de amamentação contam (para o bebé e não só!), sejam elas mais longas ou mais curtas, em percursos mais ou menos atribulados, quando ficam aquém ou quando superam as expectativas das mães/famílias! Não se esqueça disto!
Rosa Santos
Consultora Internacional de Lactação Certificada
Sugestão de Leitura: “Amamentar é um percurso.”
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