👉🏼 O que são?
Por vezes, a febre pode causar espasmos ou movimentos bruscos rítmicos na criança, chamados de convulsões. As convulsões causadas pela febre são chamadas de “convulsões febris”. Habitualmente têm uma curta duração, cerca de 1-2 minutos, que podem parecer uma eternidade para os pais, pois são assustadoras quando presenciadas pela primeira vez.
👉🏼 Porque acontecem?
As convulsões febris são uma resposta do cérebro provocado pela febre; provavelmente relacionado a uma vulnerabilidade do sistema nervoso em desenvolvimento aos efeitos da febre em combinação com uma susceptibilidade genética subjacente.
👉🏼 São frequentes?
Até 5% das crianças pequenas terão uma convulsão febril em algum momento de suas vidas. As crianças afetadas têm geralmente entre os 6 meses e 5 anos de idade (mais habitual entre os 12 e 18 meses) e irão desaparecer com o seu crescimento.Aproximadamente 1 em cada 3 crianças que têm uma convulsão febril terá pelo menos mais uma durante a infância.Para além da idade, os fatores de risco mais comumente identificados incluem febre alta, infeção provocada por vírus e história familiar de convulsões febris. São mais frequentes no primeiro dia de doença e, em alguns casos, é a primeira manifestação de que a criança está doente.
👉🏼 Representa algum perigo para a minha criança?
Não causam danos permanentes e não têm efeitos duradouros.São habitualmente benignas e associam-se a infeções comuns (respiratórias, otites, amigdalites, gastroenterites, …)O mais importante é haver uma observação médica para esclarecer a causa da febre.
⚠️ Como atuar perante uma convulsão febril?
- Mantenha a calma e tente monitorizar o tempo de duração da convulsão;
- Coloque a criança de lado;
- Não coloque nada na boca, nem tente parar os movimentos da criança durante a convulsão;
- Verifique se a criança tem febre e coloque o supositório para baixar a febre;
- Se já lhe tiver sido prescrito previamente um medicamento de aplicação rectal para parar a convulsão, administre o mesmo se a convulsão não tiver parado espontaneamente ao fim de 5 minutos;
- Contacte o 112 se a convulsão não tiver parado em 5 minutos;
- Dirija-se ao Serviço de Urgência para a criança ser observada.
Andreia Ribeiro
Médica Pediatra