
O ferro é um componente essencial da hemoglobina, que transporta o oxigénio dos pulmões para os tecidos, e da mioglobina, que fornece oxigénio aos músculos, interferindo no metabolismo muscular e fazendo parte da maioria das enzimas envolvidas nos processos metabólicos fisiológicos.
De um modo geral, podemos distinguir duas formas de ferro nos alimentos: ferro heme e não heme.
🩸O ferro heme tem origem exclusivamente animal e caracteriza-se por ser absorvido, aproximadamente, quase três vezes melhor do que o ferro não heme, de origem vegetal.
🖇️ As interações entre nutrientes são importantíssimas para potenciar a absorção de ferro, principalmente se estivermos a falar de uma alimentação maioritariamente de origem vegetal (e sim, é possível um bebé ou uma criança ter uma alimentação deste regime, desde que muito bem acompanhada por um nutricionista e por outros profissionais de saúde).
É importante:
🥝🍊 Acrescentarmos às refeições, alimentos ricos em Vitamina C, nomeadamente o pimento, kiwi, citrinos e brócolos.
🥛 Termos cuidado com o consumo excessivo de lacticínios (fórmula infantil incluída) e nunca como sobremesa de uma refeição rica em ferro (esperar, no mínimo, cerca de 45 minutos).
🍅 A vitamina A não interfere diretamente na absorção do ferro, mas é fundamental para a mobilização das reservas, pelo que o seu consumo é benéfico.
🤱🏻O leite materno não prejudica a absorção de ferro, muito pelo contrário! Pelo que deve continuar em livre demanda.
A necessidade de suplementação de ferro dependerá das necessidades de cada criança e dos fatores de risco associados.
Numa próxima publicação abordaremos as principais fontes alimentares de ferro. 🙂
Ana Rita Sousa
Nutricionista pediátrica