Chegaram as tão esperadas férias escolares! 😊

Para as crianças sinónimo de entusiasmo e maior liberdade. Para os pais, muitas vezes, uma fonte de preocupação. Como manter as crianças ocupadas e entretidas durante tantas semanas? Independentemente de ser possível deixar as crianças grande parte do tempo com familiares, ou ser necessário recorrer a campos de férias ou ATL’s, é natural que ao fim de alguns dias a criança se queixe de tédio. E é sobre esse “não tenho nada para fazer” que hoje gostaria de vos falar.

O tédio é importante para o saudável desenvolvimento das crianças. E estar aborrecido não significa que os pais necessitam de procurar mais atividades para a criança fazer. É no tédio que a criança pode descobrir os seus gostos e interesses e desenvolver a sua criatividade. Para além de poder aprender que também é importante não fazer nada!

É natural que a criança se queixe. Atualmente, e desde cedo, os seus dias estão preenchidos com coisas para fazer, locais para estar, atividades para realizar. Lidar com sentimentos como aborrecimento ou tédio é importante e cria espaço para que a criança possa descobrir, inventar ou criar formas de se entreter.

É também expectável que a criança tente preencher esses momentos com algum tipo de ocupação, o que muitas vezes, nos dias de hoje, passa por recorrer a ecrãs (televisão ou telemóvel).

⚠️ É essencial que os pais definam claramente um limite de tempo em que isso pode acontecer e que se assegurem de que a criança não o ultrapassa.

❓Como ajudar as crianças a lidar com o tédio?
Os pais podem, sobretudo no caso de crianças mais jovens, sugerir atividades, apresentar hipóteses. Mas não devem impô-las, mesmo quando a criança continua sem saber o que fazer. No caso de crianças mais velhas, que já sabem ler e escrever, os pais podem ajudá-las a criar uma lista ou a construir um pote com atividades a que recorrer, em caso de aborrecimento. E dar espaço para a criança encontrar a sua solução quando o tédio chegar.

Inês Oliveira
Psicóloga clínica e facilitadora de Parentalidade Consciente