Depois dos 12 meses, é recorrente a criança não querer comer o pratinho e o “não” é a sua nova palavra favorita (talvez a primeira palavra dita aí em casa?).
Quando isto acontece é comum os pais/cuidadores entrarem em desespero e oferecerem substituições (normalmente fruta ou leite) em troca do prato recusado com a intenção “que ao menos comem qualquer coisa”.
O primeiro ponto, é entender que este sentimento de frustração e preocupação é totalmente válido, principalmente se estivermos a falar de crianças que sempre comeram bem antes. Contudo, está mais do que provado que esta estratégia, apesar de parecer que resolve o problema no momento, pode ser a origem de um problema maior. A criança começa a compreender que existem estas “trocas” e é provável que repita a recusa com maior frequência.
Forçar ou deixar a criança com fome também não é solução. Existem várias estratégias que podem ser aplicadas consoante a dinâmica familiar e tendo em conta a individualidade da criança (não existem respostas universais!). Na consulta de seletividade alimentar essas estratégias são trabalhadas com a família para que a criança se sinta compreendida, sem implicar trocas ou substituições.
Procurem ajuda especializada o quanto antes. 😊
Ana Rita Sousa
Nutricionista na área da Pediatria
Sugestão de Leitura: “E se o seu filho pudesse escolher o que quer comer?”
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