Este comportamento de evitamento do uso da casa de banho é mais comum do que desejávamos. O evitamento pode surgir de várias formas.
Alguns exemplos:
👉🏼 Colocamos a criança na sanita/pote e ela não faz xixi nem cocó, mas após colocar fralda ou cueca faz
👉🏼 A criança não quer utilizar a sanita/pote quando lhe é proposto ou quando tem vontade de urinar e/ou defecar, mesmo que já não use fralda durante o dia e esteja com vontade
👉🏼 A criança adota posturas de retenção urinária e fecal para atrasar a ida à casa de banho
👉🏼 Crianças que não usam casas de banho fora de casa ou na escola
👉🏼 Crianças que usam casa de banho na escola, mas em casa pedem fralda
👉🏼 Crianças que pedem fralda sempre que querem esvaziar o intestino, mesmo que urinem normalmente na sanita/pote
Este são alguns exemplos de comportamentos típicos de evitamento do uso da casa de banho. Podem ou não ter impacto na saúde vesical e intestinal da criança, dependendo do contexto em que acontecem.
Sempre que acontece este comportamento de evitamento há uma razão. Situações de dor, de desconforto, de exposição, de episódios que não correram da forma que a criança esperava, de vergonha, de coação, entre outras, são possíveis causas.
A nossa primeira abordagem será tentar perceber quando e como começou este comportamento. Perceber qual a razão que a leva a não querer utilizar a casa de banho e, juntamente com ela, encontrar opções que lhe pareçam possíveis, para que se sinta sempre SEGURA e ACOLHIDA.
O caminho é feito ao ritmo da criança, em concordância com aquilo que lhe é possível dar/fazer em determinado momento. Não estará em questão a sua capacidade de utilizar a casa de banho, mas sim a razão pela qual surge o evitamento.
A abordagem multidisciplinar é sempre importante, tendo em conta que vários fatores podem ter impacto nestas questões e dependendo também da idade da criança. A consulta de fisioterapia pode ajudar no ensino do funcionamento normal da bexiga/intestino e na educação da função muscular que auxilia o processo de retenção e de esvaziamento, tudo de encontro às necessidades da criança e da família.
Sara Barbosa
Fisioterapeuta em Saúde Pélvica
Sugestão de Leitura: “Mas afinal, de que nos serve o pavimento pélvico?”
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