Queridas famílias!
A comemoração da Semana Nacional do Aleitamento Materno está a terminar. O tema deste ano é, “Apoie o aleitamento materno, por um planeta mais saúdavel” (Support breastfeeding for a healthier planet).
De facto, entre tantos benefícios e vantagens do aleitamento materno, para a mãe e bebé já amplamente conhecidos e debatidos, acresce a consciência do benefício colectivo, através do impacto positivo que a amamentação proporciona, por um planeta mais saudável, uma vez que, a produção e consumo de leite materno, à luz da pegada ecológica, é mínima, ou nula, na maioria das vezes.
Coincidência ou não, esta foi uma semana, em que a nossa casa recebeu muitos casais. Casais que nos escolheram como “parceiros” no apoio ao seu projeto da amamentação.
Coincidência ou não, todos pretendiam o mesmo objetivo. Amamentar exclusivamente os seus bebés.
Mas afinal, que “ciência” (desconhecida) está por trás da produção do leite materno? O que é preciso para uma mãe amamentar o seu bebé de forma eficiente, sem ser necessário recorrer ao leite de fórmula?

Não deixa de ser estranho e algo curioso, perceber que, apesar de todos os seres humanos terem mamas, a maioria das pessoas (homens e mulheres) nada sabe sobre a sua anatomia e fisiologia, nomeadamente na produção de leite materno.
Vamos lá então tornar esta informação básica viral.
A mama humana é uma fábrica e não um armazém de leite.
A regulação da produção de leite materno, depende do efeito de hormonas. Essas hormonas são produzidas na hipófise (uma glândula alojada no cérebro), e a sua libertação e migração até às mamas, através da corrente sanguínea, depende dos impulsos nervosos, do complexo areolo mamilar, que o bebé promove quando faz a sucção.

As hormonas envolvidas no processo da amamentação são, a prolactina, responsável pela produção de leite e a ocitocina, responsável pela ejeção do mesmo até ao mamilo. Para além das hormonas, existe ainda, um tipo de “sinaleiro de leite”, o denominado, fator inibidor de lactação, um componente do leite materno (e no de outros mamíferos), que regula a produção. Ou seja, se o bebé mama muito, extrai o inibidor e produz-se mais leite. Se o bebé mama pouco, o inibidor permanece na mama e limita a produção de leite.

Portanto, para a fábrica funcionar, apenas preciso, de uma mãe que queira amamentar e da sucção de um bebé.
Sendo que, esse bebé deverá estar sempre próximo da mãe, fazer a sucção “no sítio certo e de forma correta” ( e aqui é que poderá existir a dificuldade) quando e sempre que desejar.
Quanto mais o bebé mamar, mais leite será produzido. Quanto menos o bebé mamar, menos leite a mama produzirá.
Simples, mas ainda tão desconhecido!

Texto escrito pot: Patrícia Capela