
(Ainda) tenho recebido pais receosos sobre esta área da fisioterapia. No entanto, vêm até à nossa consulta, porque já conhecem a nossa abordagem ou até mesmo por necessidade e encaminhamento médico. Mas, vão partilhando frases comigo, que lhes são ditas e me deixam muito inquieta… “Vão magoar o teu bebé”; “Não fica pisado?”; “Ele vai chorar muito, é desconfortável”. Por consequência, numa primeira consulta, não vão tão confortáveis.
👀 Mas, vamos então desmistificar. Vamos por partes.
1️⃣ A sessão começa sempre por uma avaliação cuidada sobre o estado geral do bebé, com perguntas objetivas e uma avaliação física com recurso à auscultação. Após esta recolha, são reunidas as técnicas e estratégias mais corretas.
2️⃣ Explico sempre aos pais o que vou fazer, de que forma (faço questão que eles sintam a minha mão para perceberem a pressão exercida no tórax) e quais os objetivos.
3️⃣ Por fim, sigo o ritmo deles, entre a marquesa e o chão, o brincar ou conversar… Tudo é possível 😉 Nas crianças mais velhas, após os 2 anos, confesso que o desafio é maior, mas há estratégias/brincadeiras como o soprar, por exemplo, que ajudam a que a sessão seja mais eficaz.
4️⃣ No final, recorro, novamente, à auscultação para avaliação final e perceber se foi possível mobilizar e facilitar a expulsão das secreções do pulmão.
Joana Fernandes
Fisioterapeuta pediátrica